Mensagem do Diretor
O Instituto de Polímeros e Compósitos (IPC) é, desde 2006, uma Unidade de Investigação da Universidade do Minho (UMinho) que visa colmatar necessidades e desafios industriais e societais nas áreas da ciência e tecnologia de polímeros e compósitos, tendo sido classificado como “Excelente” e “Excecional” nas avaliações conduzidas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) em 2006 e 2013, respetivamente. Em 2018, após ter sido classificado com “Muito Bom”, reorientou a sua missão para novos desafios sociais, passando a integrar o Laboratório Colaborativo em Transformação Digital (DTx). Em 2021, tornou-se membro fundador do Laboratório Associado em Sistemas Inteligentes (LASI), dedicado à sustentabilidade da ciência/tecnologia/materiais/produtos para sistemas avançados de inteligência artificial. Coordenado na UMinho, o LASI é atualmente o maior laboratório associado nacional, integrando 13 Unidades de I&D do Minho, Porto, Aveiro, Coimbra e Lisboa. Em 2023 criou um novo Pólo de I&D no Instituto Politécnico de Leiria (IPL). Os membros do IPC também têm mantido sempre uma intensa colaboração com o PIEP – Polo de Inovação em Engenharia de Polímeros, instituição de interface com a indústria de renome nacional, participando ativamente na sua gestão e fundação. Em colaboração com a Bosch, contribuíram ainda para a criação, gestão e organização do Done Lab, um novo e moderno laboratório de excelência dedicado à fabricação avançada de produtos e ferramentas.
A nível de qualificação avançada de recursos humanos, o IPC tem vindo a apostar no desenvolvimento de quadros de excelência para a indústria e sistema científico nacional/internacional, assumindo atualmente a direção dos 4 seguintes cursos de doutoramento da UMinho: Ciência e Engenharia de Polímeros e Compósitos, Engenharia de Materiais, Fabrico Digital Direto para as Indústrias dos Polímeros e Moldes e, de Gestão e Tratamento de Resíduos.
O IPC é única Unidade de Investigação (UI) nacional dedicada aos avanços científicos e tecnológicos em ciência e engenharia de polímeros e compósitos, tendo vindo a melhorar significativamente a sua atividade científica constituindo-se como uma das mais, se não mesmo a mais, importante unidade de I&D da UMinho. São prova disso os 342 artigos e 50 Livros/Capítulos de Livros publicados em revistas científicas internacionais (Scopus, ISIS) (correspondente a uma média de 3,43 publicações/membro integrado/ano), a conclusão de 12 doutoramentos e o registo de 30 Patentes nacionais/internacionais nos últimos 6 anos (2018-2023). A Tabela 1 resume a excelência e melhoria da atividade científica atingida pelo IPC no mesmo período, nomeadamente a nível da publicação científica e de financiamento angariado em projetos de I&D Europeus e de parceria com empresas nacionais e internacionais que coordenou.
Tabela 1. Resultados de Investigação obtidos pelo IPC no período 2018-2023
Ano | ||||||
2018 | 2019 | 2020 | 2021 | 2022 | 2023 | |
Publicações científicas internacionais por membro integrado | 3,44 | 3,71 | 3,65 | 4,19 | 3,83 | 3,83 |
Fator médio de impacto das publicações científicos | 3,38 | 2,63 | 3,23 | 3,46 | 4,53 | 4,55 |
Percentagem de publicações em revistas Q1 | 48 | 50 | 53,1 | 53,6 | 50 | 61,8 |
Número de projetos de I&D ativos que coordenou | 24 | 30 | 33 | 35 | 33 | 24 |
Financiamento recebido de projetos de I&D que coordenou (valor aproximados em M€) | 1,6 | 2,0 | 2,4 | 3,0 | 3,9 | 4,0 |
Adotando uma abordagem multidisciplinar, que cobre e integra áreas científicas que vão desde química e física até à engenharia e tecnologia de polímeros e compósitos, o IPC promove simultaneamente a investigação fundamental e atividades integradas de I&D e orientadas para as aplicações, incentivando a excelência e inovação científica, e a geração de conceitos inovadores e a sua exploração prática, com vista a: i) proporcionar avanços significativos na ciência e engenharia de polímeros e compósitos que contribuam para o desenvolvimento social sustentável; ii) gerar valor acrescentado nos setores dos polímeros/compósitos, moldes e indústrias relacionadas, contribuindo assim para o crescimento socioeconómico e bem-estar social e, iii) promover a consciencialização do papel, importância e sustentabilidade dos materiais poliméricos e compósitos na sociedade.
Continuarão a ser prioridades futuras do IPC: i) aumentar o envolvimento em projetos europeus, através da dinamização de atividades de rede e de suporte à internacionalização; ii) apostar na educação, formação avançadas e iniciação científica de jovens investigadores de modo a preparar sua transferência para a indústria e sociedade; iii) organizar conferências/workshops nacionais e internacionais e participar em comités científicos de conferências internacionais e em conselhos editoriais de revistas científicas de referência internacional; iv) manter um forte número de projetos de I&D+i com parceiros industriais e uma atitude empreendedora de envolvimento com LASI, CoLab DTx, Done Lab e PIEP; v) implementar atividades de divulgação dos projetos de I&D+i e seus resultados e de apoio à publicação em revistas de acesso aberto; vi) aumentar o seu envolvimento em atividades socioculturais, contribuindo para a consciencialização do papel dos polímeros e compósitos numa sociedade sustentável e, vii) Abordar os novos paradigmas colocados por produtos, serviços e interface homem-máquina emergentes, refletir sobre as consequentes mudanças na indústria e sociedade e promover a investigação e desenvolvimento tecnológico colaborativo entre a economia e a industria.
Agradecendo o empenho e dedicação com que todos os colegas, investigadores, alunos e restantes colaboradores do IPC contribuíram para os excelentes resultados atingidos pelo IPC, valores que, estou certo, serão mantidos no futuro, aproveito ainda para desejar boas-vindas a todos futuros colaboradores do IPC e parceiros ou pessoas que eventualmente visitem este site ou as nossas instalações em Azurém/Guimarães.
O Diretor do IPC
António J. Pontes